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Após intensa volatilidade, cotações em Nova York fecham com alta moderada nesta 3ª feira
Após intensa volatilidade, cotações em Nova York fecham com alta moderada nesta 3ª feira
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Após intensa volatilidade, cotações em Nova York fecham com alta moderada nesta 3ª feira

 por Notícias Agrícolas: As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta terça-feira (31) com variação quase neutra após intensa volatilidade durante o dia. Os futuros chegaram a esboçar forte alta no meio-pregão, mas recuaram um pouco no final com operadores cautelosos nesta semana mais curta de Páscoa. Apesar da leve alta na sessão de ontem, o mercado recuperou parte das perdas de segunda-feira quando o arábica caiu quase 600 pontos no terminal norte-americano diante de previsões climáticas mais favoráveis e o peso do câmbio. O contrato maio/15 encerrou o pregão com 132,90 cents/lb e avanço de 55 pontos, o julho/15 anotou 136,10 cents/lb e o setembro/15 teve 139,15 cents/lb, ambos com alta de 45 pontos. O vencimento dezembro/15 registrou 143,10 cents/lb com 40 pontos de valorização. Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia foi marcado por curtas oscilações demonstrando uma postura defensiva do mercado. "Os investidores após a grande derrocada dos níveis no pregão anterior resolveram acalmar os nervos e desta forma, recompras foram vistas. Vale ressaltar que o movimento foi muito tímido ainda caracterizando o tom defensivo dos fundos no sentido de defender suas posições vendidas a descoberto no mercado", afirma o analista que também defende maior proatividade do setor. "Ao meu ver o Brasil precisaria ter uma atitude mais forte na condução do negócio café. Não podemos continuar a ser meros espectadores desta novela mercadológica. Temos que atuar como ator principal. Ditar as regras do jogo, sair da passividade. O mundo teria que voltar a respeitar o Brasil como maior origem produtora e como tal, com capacidade de mover o mercado para onde desejar.", pondera Magalhães. Informações de agências internacionais mostram que a queda do dólar ante o real nesta terça-feira também ajudou a dar sustentação para o mercado. A moeda norte-americana fechou com queda de 1,26%, a 3,1909 reais Vale ressaltar que esta semana no mercado de café será um pouco mais curta, na próxima sexta-feira (3), devido à véspera da Páscoa, a bolsa norte-americana não estará em operação. Já aqui no Brasil, os feriados religiosos da Semana Santa tomarão as atenções a partir de hoje. E portanto, a paradeira deve ser grande. Conab suspende leilão A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) suspendeu nesta terça o leilão dos estoques públicos de café previsto para ocorrer amanhã, dia 1º de abril, atendendo a um pedido da cafeicultura brasileira, encabeçado pelo Conselho Nacional do Café (CNC) e pela Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Como efeito, a estatal publicou o COMUNICADO/DIRAB/SUOPE/GECOM Nº 052, de 30/03/2015, com referência ao AVISO DE VENDA DE CAFÉ EM GRÃOS Nº 041, de 1º/04/2015, no qual informa “O CANCELAMENTO DO AVISO Nº 041/15”. Mercado interno De acordo com Marcus Magalhães, as praças do Brasil registram um grande vácuo mercadológico. "O setor produtivo não se intimida com as volatilidades externas e literalmente, tira o time de campo", diz. O tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 536,00 a saca - estável. A variação mais expressiva no dia foi em Varginha-MG com queda de 3,85% e saca cotada a R$ 500,00. O tipo 4/5 também teve maior valor em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 524,00 - estável. A maior oscilação também foi na cidade de Varginha-MG com baixa de 2,06% e R$ 475,00 a saca. O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Franca-SP e Patrocínio-MG com saca cotada a R$ 480,00, queda de 1,03% na primeira e estável na segunda. A maior variação ocorreu em Marília-SP onde a saca desvalorizou-se 2,38% e está cotada a R$ 430,00. Na segunda-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 3,78% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 441,23.