Os preços do café encerram a sessão desta segunda-feira (09) com ganhos nas bolsas internacionais. Segundo o Barchart, os futuros subiram com a valorização do real, que atingiu a maior cotação em 8 meses em relação ao dólar, desestimulando as exportações dos produtores de café do Brasil.

Informações do portal internacional Bloomberg, a perspectiva de fornecimento está melhorando, especialmente para grãos robusta, com as exportações do Vietnã aumentando 11% em abril e os embarques de Uganda aumentando nesta temporada, apoiando os estoques monitorados pela bolsa.

De acordo o analista de café da StoneX, Fernando Maximiliano, até o dia 9 de junho, 31,8% da safra brasileira já tinha sido colhida, o que equivale a 20,5 milhões/sacas (segundo levantamento da StoneX) que já estão sendo disponibilizadas no mercado, e ocasionando então um certo alívio sobre a oferta e pressionando os preços futuros. O analista destaca que o avanço e as boas estimativas para produção do robusta devem compensar a quebra da safra do arábica no Brasil, mas que seguiremos com um cenário apertado, com baixos níveis dos estoques globais.

Relatório da Pine Agronegócios aponta que o diferencial do conilon no Brasil já está mais barato do que o do Vietnã, e já começou atrair demanda. "Com isso, o diferencial voltou a subir na última semana. O comprador internacional tem aproveitado a entrada da safra e os preços baixos para começar a recompor os estoques. Esse pode ser um fator que venha a limitar uma queda maior nas cotações" completa o documento.

Em NY, o arábica encerra o dia com ganho de 350 pontos no valor de 361,55 cents/lbp no vencimento de julho/25, uma alta de 395 pontos negociado por 359,40 cents/lbp no de setembro/25, e uma valorização de 260 pontos no valor de 353,50 cents/lbp no de dezembro/25.

Já o robusta registra alta de US$ 82 no valor de US$ 4,522/tonelada no contrato de julho/25, um avanço de US$ 112 cotado por US$ 4,451/tonelada no de setembro/25, e um aumento de US$ 96 no valor de US$ 4,384/tonelada no de novembro/25.

Mercado Interno

Boletim do Escritório Carvalhaes destaca que no mercado físico brasileiro, aos poucos, cresce o número de negócios fechados com lotes da nova safra 2025/2026. Os trabalhos de colheita do arábica estão com bom ritmo e começam a sair vendas de pequenos lotes da nova safra, e as vendas de conilon estão mais avançadas, com volume bem maior de negócios fechados.

O Café Arábica Tipo 6 encerra com alta de 1,28% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.370,00/saca, um ganho de 1,30% em Guaxupé/MG negociado por R$ 2.336,00/saca,
e um avanço de 0,42% em Franca/SP no valor de R$ 2.370,00/saca. O Café Cereja Descascado registra alta de 1,25% em Guaxupé/MG e Campos Gerais/MG cotado por
R$ 2.433,00/saca e R$ 2.430,00/saca, e um ganho de 0,36% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.820,00/saca.

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