
Café tem dia de ajustes fortes e perde quase 3% para o arábica em NY nesta 3ª feira
Ainda assim, preços contam com fundamentos ainda positivos
Por: Noticias Agrícolas
A manhã de terça-feira (26) é de realização de lucros na Bolsa de Nova York, com perdas de quase 3% para os futuros do café arábica. Assim, perto de 6h30 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 2,5% a 2,8%, levando o setembro a 380,25 cents de dólar por libra-peso, o dezembro a 367,75 cents e o maio/26 a 350,25 centavos de dólar.
A volatilidade do mercado continua, porém, os preços mantêm-se sustentados ainda pela oferta restrita por conta do menor potencial produtivo do Brasil.
Na última sexta-feira (22), os preços do café completaram três semanas consecutivas de bons ganhos nas bolsas - tanto em Nova York, quanto em Londres - frente aos fundamentos. No entanto, a movimentação cambial, os cenários econômico e geopolítico trazem ainda volatilidade às cotações.
"Já está claro que o padrão climático continua imprevisível no Brasil, com secas, chuvas irregulares e frentes frias produzindo geadas e queda de granizo em cafezais das principais regiões produtoras de café do Brasil, afastando a possibilidade de uma safra recorde de café no Brasil em 2026", afirma o diretor do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
O especialista acrescenta ainda que "os estoques de café estão em níveis historicamente baixos, tanto nos países produtores como nos países consumidores e a desorganização no comércio internacional de café com o tarifaço dos EUA sobre os cafés do Brasil, maior produtor do mundo e maior fornecedor para o mercado americano".
Assim, o futuro do café do Brasil no mercado norte-americano continua também muito latente nos pontos de atenção dos agentes do mercado, em especial do arábica.
A terça-feira (26) é de baixas também para as cotações do robusta na Bolsa de Londres, perdendo de US$ 89 a US$ 106,00 por tonelada entre as posições mais negociadas. O contrato novembro tinha US$ 4550,00 por tonelada e o março/26, US$ 4353,00.
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