Com aumento da oferta e dúvidas sobre a demanda, preços do café fecham com fortes quedas nesta 4ª feira em NY

Por Notícias Agrícolas 

Postado em 15/05/2025

Cotação do arábica registrou a menor cotação em três semanas

Na sessão desta quarta-feira (1), os contratos futuros do café arábica terminaram com fortes desvalorizações na Bolsa de Nova York (ICE Future US), sendo que os primeiros vencimentos registraram baixas de 1.090 pontos a 1.045 pontos.

Na Bolsa de Nova York (Ice Futures US), o vencimento maio/25 terminou com desvalorização de 1.090 pontos e está cotado em 373,95 cents/lbp, enquanto o contrato julho/25 finalizou com recuo de 1.155 pontos e está precificado em 364,85 cents/lbp. No caso do setembro/25 encerrou com queda de 1.045 pontos e cotado em 361,80 cents/lbp.

De acordo com as informações do Barchart, os preços do café despencaram nesta sessão, com o arábica registrando a menor cotação em três semanas e o robusta registrando a menor cotação em cinco semanas devido ao aumento da oferta e às dúvidas sobre a demanda.

As preocupações com a demanda são pessimistas em relação aos preços do café, conforme apontou o Barchart. "Diversos importadores globais de commodities, incluindo Starbucks, Hershey e Mondelez International, afirmaram recentemente que a tarifa básica de 10% dos EUA sobre as importações aumentaria os preços e pressionaria ainda mais os volumes de vendas", destacou o Barchart. 

Ainda segundo as informações do Barchart, os sinais de maior oferta global de café estão pesando sobre os preços do café, após o USDA ter projetado na última sexta-feira que a produção de café em Honduras, o maior produtor de café da América Central, aumentaria 5,1% em relação ao ano anterior, para 5,8 milhões de sacas.

Além disso, a consultoria Safras & Mercado elevou sua estimativa para a produção de café no Brasil em 2025/26 para 65,51 milhões de sacas, ante uma estimativa anterior de 62,45 milhões. A Companhia para informações sobre agricultura e abastecimento do país (Conab), aumentou sua estimativa para a produção de café no Brasil em 2025 para 55,7 milhões de sacas, ante uma estimativa de janeiro de 51,81 milhões de sacas.

Robusta

Já em Londres, o contrato maio/25 registrou forte queda de US$ 138 por tonelada, negociado por US$ 4.961 por tonelada. O julho/25 encerrou com desvalorização de US$ 119 por tonelada e valendo US$ 5.010 por tonelada, o setembro/25 também teve baixa de US$ 104 por tonelada e cotado US$ 4.987 por tonelada.

De acordo com as informações internacionais, os estoques de café robusta monitorados pela ICE atingiram o maior nível em 7 meses e meio na quarta-feira, com 4.626 lotes.

Mercado Interno  

Após as cotações registraram estabilidade na sessão anterior, os preços do café no  mercado interno tiveram movimentações negativas nas regiões produtoras acompanhadas pelo Notícias Agrícolas.

No caso do café arábica tipo 6/7,  na região de Guaxupé/MG o preço teve queda de 2,00% e está cotado em R$ 2.444,00 por saca. Em Varginha/MG, a saca do café está sendo comercializada a R$ 2.460,00 por saca e teve um recuo de 2,38%. Em Franca/SP, a cotação do café teve baixa de 2,34% está precificado em R$ 2.500,00 por saca. 

No caso do  café arábica tipo 6, a cotação registrou baixa de 2,00% na região de Guaxupé/MG e terminou negociado em R$ 2.456,00 por saca.  Já em Machado/MG, o preço do café ficou precificado em R$ 2.395,00 por saca e com queda de 4,20%. Em Campos Gerais/MG, o café terminou o dia cotado em R$ 2.470,00 por saca e teve baixa de 2,37%. 

No caso do café tipo cereja descascado teve desvalorização de 1,93% em Guaxupé/MG, em que o preço do café está cotado em R$ 2.535,00 por saca. Em Campos Gerais/MG,  o preço do café apresentou baixa de 2,32% e está negociado a R$ 2.530,00 por saca. Na região de Varginha/MG, o preço do café teve recuo de 2,69% e está precificado em R$ 2.530,00 por saca.