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Com queda do dólar, Bolsa de Nova York avança mais de 200 pts nesta 5ª feira

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Com queda do dólar, Bolsa de Nova York avança mais de 200 pts nesta 5ª feira
por Notícias Agrícolas:
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) avançaram mais de 200 pontos nos principais vencimentos nesta quinta-feira (27), e estenderam os ganhos registrados na sessão anterior após uma sequência de queda nos últimos dias. Alguns contratos estão próximos do patamar de US$ 1,30 por libra-peso.
O dezembro/15 encerrou a sessão de ontem com 124,55 cents/lb e 235 pontos de alta, o março/16 teve 128,00 cents/lb com valorização de 240 pontos. Os lotes com vencimento para maio/16 registraram 130,15 cents/lb e o julho/16 anotou 132,25 cents/lb, ambos os contratos com avanço de 235 pontos.
De acordo com o analista de mercado da INTL FCStone, Tiago Ferreira, as cotações do café arábica no terminal norte-americano avançaram nesta quinta-feira com o câmbio. "O movimento na Bolsa de Nova York acompanhou o cenário externo. O real se valorizou ontem ante o dólar. Deste modo, os especulares deixaram de vender e recompras foram registradas", afirma o analista.
A moeda norte-americana caiu 1,35% nesta quinta, cotada a R$ 3,5528 na venda. Nos últimos dois pregões, o dólar fechou no patamar de R$ 3,60.
Após a Bolsa de Xangai desabar 8,5% na segunda-feira, os investidores se desfizeram de suas posições nos mercados de ações e commodities e buscaram os títulos do Tesouro americano, o que favoreceu a alta do dólar ante o real na segunda e terça-feira.
"Outra questão que impulsionou as cotações foi a revisão para baixo de alguns players que tinham uma visão otimista sobre a produção do país. De fato, eles começam a repercutir que houve um problema sério", explica Ferreira.
Na quarta-feira, a trading de café suíça Volcafe reduziu em 3,6 milhões de sacas de 60 kg a estimativa para produção de café do Brasil da safra 2015/16. A expectativa da companhia é de que a colheita atinja 48,3 milhões de sacas nesta temporada, ante 51,9 milhões previstas em maio. Estimativas de órgãos brasileiros estimam a produção do país em 40 milhões de sacas.
Vale lembrar que cerca de 80% da colheita de café do Brasil já foi colhida e os grãos estão bem menores do que em safras anteriores, precisando de uma quantidade maior para compor uma saca beneficiada de 60 kg.
Ainda de acordo com o analista da INTL FCStone, as cotações em Nova York podem perder o tom positivo e registrar altas menos expressivas ou até recuar nos próximos dias, caso apareça alguma novidade no mercado financeiro, como uma forte valorização do dólar ante o real.
Mercado interno
Os negócios no mercado físico brasileiro estão praticamente parados, apesar dos melhores tipos serem negociados na casa de R$ 500,00 a saca. "Não é o preço que está limitando as negociações, existe sim uma preocupação com a quantidade de café disponível. Há muitos compromissos futuros e contratos a termo que precisam ser cumpridos", explica Tiago Ferreira.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação nesta quinta-feira na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 534,00 e avanço de 3,69%. Foi a maior oscilação no dia.
O tipo 4/5 também registrou maior valor de negociação e oscilação dentre todas as praças em Guaxupé (MG) com R$ 534,00 a saca e valorização de 3,69%.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguarí (MG) com R$ 480,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 442,00 e valorização de 4,74%.
Na quarta-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 0,88% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 440,97.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na ICE Futures Europe fecharam em alta nesta quinta, seguindo Nova York. O contrato setembro/15 está cotado a US$ 1598,00 por tonelada com alta de US$ 17, o novembro/15 teve US$ 1631,00 e valorização de US$ 16 e o vencimento janeiro/16 anotou US$ 1648,00 por tonelada com avanço de US$ 19.
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