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Starbucks vende operação no Brasil
Starbucks vende operação no Brasil
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Starbucks vende operação no Brasil

por Valor Econômico  via CaféPoint: A rede Starbucks fechou acordo de licenciamento no país com a empresa de investimentos SouthRock, que envolve a venda da operação brasileira à companhia – são 113 pontos em 17 cidades no Brasil. As empresas não revelaram o valor do negócio. Segundo comunicado oficial publicado ontem, a SouthRock passa a ter o direito exclusivo de operar e desenvolver as lojas no país. E pagará uma taxa de licenciamento sobre as vendas à Starbucks. A rede de cafeterias tem vendas anuais de cerca de R$ 250 milhões no país, apurou o Valor. Dessa forma, o Brasil passa a operar dentro do mesmo modelo de outros países da América Latina e Caribe, onde todos os negócios se desenvolvem por meio de parceiros licenciados. Duas fontes a par do assunto informam que a operação será feita em duas etapas, com parte do valor da transação pago no fechamento do acordo e o restante nos anos seguintes. O acordo envolve prazo de 20 anos, renováveis por mais 20 anos. O Valor apurou junto à uma fonte que o montante total da transação deverá girar entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões. A informação sobre as negociações já havia sido antecipada pelo Valor em outubro. Segundo fonte, no acordo desenhado, a SouthRock se tornaria a controladora da Star Coffee Participações, que possui 100% das ações da Starbucks Brasil Comércio de Cafés. “A intenção é acelerar o crescimento, inclusive indo para regiões até o momento não exploradas”, disse Kenneth Pope, fundador da SouthRock, criada em 2015. Entre praças com potencial de expansão estão o sul do país e Brasília, mas o foco inicial está em fortalecer a operação em São Paulo e Rio. Pope, ex-diretor da Laço Management (empresa sócia da China in Box, Gendai, St Marche e Eataly) criou a SouthRock após deixar a Laço, para desenvolver negócios especialmente nas áreas de alimentos e bebidas. A SouthRock ainda tem acordo para operar a Brazil Airport Restaurants, empresa de serviços multimarca com acordos de licenciamento que incluem Starbucks e TGI Friday’s. O novo movimento da Starbucks acontece após o negócios ter mudado de mãos, e de gestão, algumas vezes. A Starbucks começou a operar no Brasil em dezembro de 2006, por meio de um joint venture com investidores locais. A empresa no país era controlada pela Cafés Sereia do Brasil, com 51% do negócio na época. Os americanos tinham 49% do negócio. Em 2010, o grupo nos EUA anunciou a compra do restante da operação. Com isso, acabaram também no gerenciamento dos negócios locais. Agora, a empresa diz que as mudanças acontecem para permitir que “parceiros com entendimento da operação consigam expandir o negócio mais rapidamente”, diz Ricardo Rico, vice-presidente de operações de lojas licenciadas na América Latina. O Valor apurou que um dos objetivos é reduzir custos, dentro de um plano de melhorar rentabilidade – que teria girado em torno de 2% em 2016 (margem Ebitda). A busca por parceiros é um movimento comum da empresa em algumas regiões pelo mundo. Das 28 mil unidades no mundo, quase 13 mil são licenciadas. No quarto trimestre fiscal, a Starbucks registrou lucro líquido de US$ 788,5 milhões, queda de 1,56% sobre o ano anterior. No trimestre, a receita total teve leve queda, de US$ 5,711 bilhões para US$ 5,698 bilhões. Já a receita líquida consolidada de 2017 cresceu 5%, para US$ 22,4 bilhões.