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A primeira semana de 2019 foi monopolizada pela posse do novo governo com o presidente Jair Bolsonaro à frente

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A primeira semana de 2019 foi monopolizada pela posse do novo governo com o presidente Jair Bolsonaro à frente
por Carvalhaes:
As primeiras medidas anunciadas são animadoras e foram bem recebidas. A proposta reformista é grande e necessária. Reformas na Previdência e no funcionalismo público, reforma e simplificação tributária, abertura comercial, privatização, melhorias na infraestrutura. A pauta é extensa e se consolidada, mudará o Brasil de patamar.
No agronegócio, o ex- ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, em artigo publicado na revista Veja, edição nº 2615, de 2 de janeiro de 2019, ressalta que estamos diante de um novo governo que fala claramente em estimular o agronegócio. Lembrou que em 2019, colheremos uma grande safra de grãos, cuja produção se somará à de cana-de-açúcar, à de café e frutas, à de carnes e leite, à de hortigranjeiros, compondo 1 bilhão de toneladas — volume este que contribuirá para a alimentação dos brasileiros, o combate à inflação, o crescimento do PIB e o saldo positivo no comércio exterior. O Ministério da Agricultura será comandado por quem entende do riscado e tem nas mãos um plano de crescimento para o setor.
Disse ainda: Para que a estratégia funcione, precisaremos de empenho total: mais investimentos em ciência e tecnologia; segurança jurídica que garanta parcerias público-¬privadas para investir em ferrovias, rodovias, hidrovias e portos; uma política comercial que traga acordos bilaterais com grandes países consumidores, reduzindo a escalada tarifária e permitindo agregação de valor; uma política de renda que priorize o seguro rural e a modernização e a desburocratização do crédito, porque assim bancos privados terão interesse em financiar o agro; uma defesa sanitária que elimine exageros, como o ocorrido durante a Operação Carne Fraca; estímulos a programas que acabem com o desmatamento ilegal, como o Pagamento por Serviços Ambientais previsto no Código Florestal; apoio ao cooperativismo e ao associativismo, que dão a escala essencial para a sobrevivência e o crescimento dos pequenos; regularização fundiária que permita ao produtor assentado em programas sociais obter as garantias a ser oferecidas aos agentes financeiros. E, sobretudo, precisaremos estar atentos à sustentabilidade, fator prioritário para a competitividade internacional de qualquer produto. Segundo Rodrigues, tudo isso é factível. Basta que os compromissos até aqui assumidos sejam implementados.
O mercado físico brasileiro de café praticamente não trabalhou nesta primeira semana de 2019, mais curta devido ao feriado em primeiro de janeiro. Os contratos de café na ICE Futures US oscilaram bastante, principalmente com o recuo da cotação do dólar frente ao real, mas também com as seguidas manchetes sobre uma produção mundial de café pouco acima do consumo global. Do fechamento de sexta-feira passada até hoje, apesar da forte queda do dólar frente ao real, os contratos com vencimento em março próximo subiram apenas 65 pontos.
As ofertas em reais estão bastante baixas e certamente não cobrem as despesas e custos dos cafeicultores brasileiros.
O CNC – Conselho Nacional do Café informou que no dia primeiro de janeiro, através da Medida Provisória nº 870, que trata da organização básica dos Órgãos da Presidência da República, foi mantida a estrutura do CDPC - Conselho Deliberativo da Política Cafeeira e, no dia dois, foi publicado o Decreto nº 9.667, que aprovou a nova estrutura regimental do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O Decreto nº 9.667 ratifica a manutenção do CDPC na estrutura do Mapa, sendo que a SPA - Secretaria de Política Agrícola proverá todos os serviços de apoio para seu efetivo funcionamento. Também separa uma estrutura exclusiva para a gestão do FUNCAFÉ, dentro do Departamento de Comercialização e Abastecimento da SPA. Foi mantida, ainda, a Coordenação Geral do FUNCAFÉ, com destinação de quatro cargos comissionados para tratar exclusivamente da gestão do Fundo.
Até dia 4, os embarques de dezembro estavam em 2.855.365 sacas de café arábica, 141.038 sacas de café conillon, mais 283.817 sacas de café solúvel, totalizando 3.279.220 sacas embarcadas, contra 3.440.890 sacas no mesmo dia de novembro. Até o mesmo dia 4, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em dezembro totalizavam 3.718.485 sacas, contra 3.990.350 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 28, sexta-feira, até o fechamento do dia 4, subiu nos contratos para entrega em março próximo 65 pontos ou US$ 0,86 (R$ 3,20) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 28 a R$ 517,45 por saca, e dia 4 a R$ 499,69.Na, sexta-feira, dia 4, nos contratos para entrega em março a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 55 pontos.
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