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Cada vez mais as mulheres estão presentes na cafeicultura: Das atividades administrativas ao campo
Cada vez mais as mulheres estão presentes na cafeicultura: Das atividades administrativas ao campo
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Cada vez mais as mulheres estão presentes na cafeicultura: Das atividades administrativas ao campo

Cada vez mais presente nas atividades do campo, o número de mulheres envolvidas na produção de café do maior produtor e exportador do mundo, também cresce. Cada vez mais é comum encontrar com lideranças femininas nas lavouras de café e na região de Franca/SP os números da Cocapec - cooperativa que atende a região, mostram que nos últimos oito anos o aumento da presença feminina na cafeicultura foi de 9%. Segundo  Saulo de Carvalho Faleiros, Diretor Comercial da Cocapec, a cooperativa vem acompanhando ao longo dos anos o interesse da mulher em participar da rotina das lavouras, sobretudo fazem com maestria as demandas administrativas, garantindo o bom desenvolvimento das produções. "Nós temos dois movimentos, o da esposa que participa cada vez mais e das filhas dando continuidade nos negócios da família. É nítido a gestão da mulher e o maior cuidado na colheita em geral, por exemplo", afirma Saulo. Para a produtora Giane Bisco, trabalhar com cafeicultura é também uma mudança nos rumos da história. Ela conta que os avós eram produtores de café, mas seu pai resolveu mudar as direções e trabalhar com soja. Além das questões familiares, quando se formou há um tempo atrás, Giane fez o curso de psicologia, porque o pai, conservador, não dava abertura para que fizesse agronomia. Segundo Giane, em 1999 ela tomou a decisão de resgatar a vontade de trabalhar com agronegócio e passou investir nas lavouras de café. "Em todas as decisões, nos planejamentos, em tudo eu participo. Estou sempre atento aos tratos de culturais, como começar a colheita, sempre pensando em boa qualidade", comenta. Desataca ainda ter sido a primeira mulher a fazer parte do Conselho de Administração da Cocapec. Já no caso da produtora Taís Silva Fernandes de Miranda, de Nova Resende, no sul de Minas Gerais, a cafeicultura é uma herança familiar. "Sempre ajudei meus pais na lavoura e no terreiro e continuei depois que casei. Nossa propriedade é administrada pela família e eu atuo no pós colheita, sempre visando a qualidade do nosso café", conta. Falando em qualidade, em 2018 foi a primeira vez que Taís participou de um concurso no próprio município e recebeu boas notas nos lotes de café. "Esse concurso fez com que eu buscasse mais informações de como produzir cafés especiais", comenta.
Taís Silva Fernandes de Miranda - Café em Nova Resende/MG Taís Silva Fernandes Miranda na sua lavoura em Nova Resende/MG Maria Julia Pereira, também do sul de Minas Gerais, comanda uma produção média de 2500 sacas. Começou a colheita na semana passada, sem grandes problemas.  E também é um retrato das mulheres que são lideranças nas atividades do campo. Maria participa ativamente das atividades nas lavouras, espera uma boa produção para a safra que está entrando no mercado, destacando que apesar das condições da pandemia do Coronavírus, os trabalhos devem alcançar sem maiores problemas. Maria Julia Pereira - Nova Resende/MG Maria Julia acompanha de perto desenvolvimento das lavouras em duas cidades no sul de Minas Gerais