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Café: Cotações do arábica voltam a cair nesta 2ª feira em NY com dólar e atenção para safra brasileira

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Café: Cotações do arábica voltam a cair nesta 2ª feira em NY com dólar e atenção para safra brasileira
por Notícias Agrícolas:
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a recuar na sessão desta segunda-feira (24). O mercado externo se acomoda tecnicamente depois das altas do final da semana passada e volta a sentir pressão da valorização do dólar ante o real e informações sobre a safra brasileira.
O vencimento dezembro/18 fechou o dia com queda de 140 pontos, a 98,50 cents/lb e o março/19 anotou 101,90 cents/lb com recuo de 140 pontos. Já o contrato com vencimento para maio/19 registrou 104,35 cents/lb e baixa de 140 pontos e o julho/19 teve desvalorização de 135 pontos, a 106,75 cents/lb.
Depois de fechar a semana passada com leve alta, o mercado externo do arábica voltou para o lado vermelho da tabela com pressão do câmbio e informações mais otimistas sobre a safra 2018/19 do Brasil. Nesta temporada, estima-se colheita recorde ou próxima disso no país, maior produtor e exportador.
"No Brasil o clima favorável aponta para a abertura de uma nova florada, a principal, e o mercado ficará de olho para ajustar suas expectativas. Hoje o consenso é de que o ano-safra de 2019/2020 ainda terá um superávit mundial, não as atuais 8.6 milhões de sacas de 18/19, mas talvez metade disto", afirma Rodrigo Costa, analista e diretor da Comexim nos Estados Unidos.
O dólar comercial voltou a subir ante o real nesta segunda à espera de mais uma pesquisa de intenções de votos do Ibope, divulgada mais tarde. Às 16h22, a divisa avançava 1,10%, cotada a R$ 4,092 na venda. As oscilações cambiais impactam diretamente nas exportações das commodities, mas em compensação influencia nos preços.
Além disso, o otimismo com a produção no Brasil na safra 2018/19 também ainda permeia os futuros do arábica. "Ideias de forte produção no Brasil e no Vietnã, juntamente com o enfraquecimento das moedas de mercados emergentes estão mantendo os futuros sob pressão de venda", disse em relatório o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou na última terça-feira (18) que a produção brasileira de café pode totalizar neste ano 59,9 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg. Essa seria a maior produção na história do país. Os trabalhos de colheita caminham para a finalização no país.
Os estoques de café da Europa aumentaram 2,3% no último mês de agosto, segundo dados divulgados pela Federação Europeia do Café (ECF, na sigla em inglês) nesta segunda-feira. Com isso, o volume armazenado no final do mês atingiu 705.483 toneladas, acima das 689.372 toneladas do mês anterior.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro de café seguiram lentos nos últimos dias. "Mesmo nestes anos de forte crescimento do consumo mundial e de grandes lucros para o comércio internacional, as bases de preços praticadas no mercado físico de café são ruinosas para a maioria dos cafeicultores em todo o mundo", disse em informativo o Escritório Carvalhaes.
Na sexta-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 409,74 e queda de 0,38%.
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