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Outono favorece incidência da Phoma nos cafezais: Doença pode resultar em até 43% de quebra na produção

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Outono favorece incidência da Phoma nos cafezais: Doença pode resultar em até 43% de quebra na produção
por Notícias Agrícolas:
A colheita do café arábica do Brasil está prestes a começar nas principais regiões produtoras do país. E apesar de tudo indicar que a safra brasileira neste ano será marcada por uma boa produtividade e com grãos de qualidade, a chegada do outono e a queda nas temperaturas ainda pedem que o produtor fique atento com o surgimento de pragas e doenças.
Segundo Matheus Manente, meteorologista da Oráculo Meteorologia, nas regiões produtoras, a tendência é de chuvas cada vez mais esparsas e fracas, com volumes mais baixos e predominância de tempo seco. "O maior risco, nas próximas semanas, é a ocorrência de geadas pontuais nas áreas produtoras do Paraná, o que pode prejudicar a produção. Na segunda quinzena de maio e especialmente em junho, geadas também podem ocorrer pontualmente em São Paulo e Minas Gerais", destaca.
A queda de temperaturas e o tempo mais seco, característicos da estação, favorece surgimento da mancha-de-phoma, doença pode gerar prejuízos ao cafeeiro, como desfolha e seca de ramos. Segundo Murilo Nascimento Duarte - Analista Técnico Cocapec, a phoma é uma das principais doenças fúngicas do cafeeiro, tendo em vista que acontece desde a fase de formação de mudas no viveiro até a produção da cultura.
Veja o mapa de previsão de temperatura em todo o Brasil:
Murilo destaca ainda que a doença pode ser considerada de difícil controle e os defensivos agrícolas têm efeito desde que sejam usados da maneira correta. Nas áreas de altas altitudes, é preciso que seja feito um controle também da adubação nitrogenada, porque se trata dos genes vegetativos mais sensíveis. "Entre medidas preventivas, está a implantação de quebra ventos, que contribui de maneira significativa para o manejo integrado da doença", afirma o especialista.
Se falando em controle químico da ferrugem e da mancha de olho pardo, ele destaca que quando utilizado produtos a base de cobre (oxicloreto de cobre, hidróxido de cobre), o produtor gera uma proteção das folhas e ramos. Dentre os fungicidas específicos para o controle de phoma os produtos à base de iprodione, boscalida, tiofanato metílico e triazól associado a estrobilurina, são efetivos quando aplicados preventivamente e a rotação de ingrediente ativo é fundamental.
Ainda segundo as informações do técnico, o fungo ataca as folhas produzindo manchas escuras necróticas de tamanho variado, com lesões localizadas geralmente nas margens das folhas, impedindo o crescimento nessa área e fazendo com que ela fique retorcida.
"Nos ramos causa lesões profundas e escuras, que pode envolver todo ramo causando seca da extremidade e/ou do ponteiro. A morte de botões florais e das brotações novas, a queda de frutos e a má granação dos frutos devido à desfolha, são outros danos causados pela doença", destaca a Cocapec. A junção de todos estes fatores refletem no desenvolvimento da planta o que pode comprometer a produtividade futura.


Fonte: Notícias Agrícolas
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