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Revista Cocapec - Desbrotas do cafeeiro

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Revista Cocapec - Desbrotas do cafeeiro
por Revista Cocapec *Felipe de Carlos Ferreira - Engenheiro Agrônomo/Uniagro
Esta é sem dúvida uma prática muito importante na lavoura cafeeira, responsável por manter a longevidade produtiva e a arquitetura original das plantas.
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Lavouras podadas também deve fazer parte da operação, pois sempre, sempre levando em conta o número adequado de brotos de acordo como tipo de poda.[/caption]
Quando o tronco do cafeeiro fica exposto à insolação direta, em função das podas ou desgaste por alta produtividade, que resulta em uma significativa desfolha ou até mesmo alguma anormalidade que interfira na dominância apical da planta, aparecem brotações ou “ramos ladrões”, dando origem a novas hastes sendo estas indesejáveis, dependendo da ocasião, indesejáveis.
Alguns fatores agravam a brotação, o que pode levar a um número excessivo de hastes, são eles: O mau trato que provoca a seca de ramos laterais, o envergamento pelos ventos, as machucaduras mecânicas (por granizo, por colheita mecânica ou por geada), a desnutrição e o ataque severo e continuado de pragas e doenças e o estresse por seca.
A operação de desbrota deve ser praticada em lavouras normais e nas plantas podadas adequado de brotos de acordo como tipo de poda. E deve ser feita de forma preventiva, a partir do plantio e formação da lavoura, seguindo-se na lavoura adulta, realizando o procedimento anualmente após a colheita, visando manter o número adequado de hastes, uma vez que o excesso acelera o fechamento da lavoura, devido ao envergamento dos ramos mais finos para o meio da rua.
A perda de produção devida a má condução, sem as desbrotas necessárias, está relacionada com:
Sem a desbrota, as hastes invadem a rua, trazendo muitos transtornos no manejo do cafeeiro.[/caption]
As desbrotas anuais são ideais, pois atuam de forma preventiva. Em certos casos, com as plantas mais novas (até 3 a 4 anos) é possível efetuar o trabalho pela eliminação de hastes velhas sem deixar muitas sequelas (buracos) nas plantas. Em pés mais velhos, essa eliminação normalmente só pode ser feita associada a uma poda drástica.
Outra situação encontrada no campo é o plantio de mudas duplas provocando excesso de hastes e perda de produção.
Deste modo, na formação do cafezal ou em sua condução na fase adulta, as recomendações técnicas indicam a prática de desbrotas anuais, para a retirada dos brotos ladrões, visando manter somente as hastes originais. No entanto, este serviço d se torna muito oneroso, especialmente quando em grandes plantações empresariais.

- Auto-sobreamento e o “embatumado” de hastes na planta;
- Menor comprimento dos ramos laterais que saem das hastes (normalmente mais finas) comportando assim menor número de nós produtivos/ramo;
- Manutenção de um micro-clima mais favorável, devido a permanecia de molhamento foliar aumentando ataque de doenças;
- Menor tamanho dos frutos produzidos em hastes mais finas.

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