
Tensões geopolíticas mexem com o mercado de commodities
Grãos recuaram na bolsa de Chicago; "softs" tiveram movimentos mistos. A intensificação das tensões comerciais impulsionadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, provocaram receios nos mercados globais.
Via Globo Rural
Grãos recuaram na bolsa de Chicago; "softs" tiveram movimentos mistos
A intensificação das tensões comerciais impulsionadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, provocaram receios nos mercados globais, com queda das cotações de grãos na bolsa de Chicago.
O milho liderou as perdas, com contratos para setembro caindo 1,36%, a US$ 3,9800 por bushel. O mercado reagiu à decisão do governo norte-americano de aplicar tarifas de 25% sobre produtos de parceiros como Japão e Coreia do Sul, com início previsto para 1º de agosto. A perspectiva de colheita robusta nos EUA também contribuiu para o recuo.
A soja para agosto recuou 0,99%, a US$ 10,2125 por bushel, pressionada pela ausência da China nas compras da safra 2025/26. Analistas apontam que novas tarifas dos EUA e eventuais retaliações chinesas podem impactar a demanda. Mesmo com a possibilidade de substituição por soja brasileira, há risco de queda nos prêmios de exportação a partir de outubro, quando a nova safra americana entra no mercado.
O trigo registrou leve baixa de 0,14%, a US$ 5,4775 por bushel, com o avanço da colheita nos EUA, União Europeia e região do Mar Negro somando-se às incertezas comerciais.
Nova York
Fora do mercado de grãos, o café arábica subiu 2,64% na Bolsa de Nova York, cotado a US$ 2,8560 por libra-peso, após queda de 3,45% no dia anterior. A alta foi sustentada pelos estoques globais baixos e clima irregular nas origens produtoras, embora a colheita no Brasil possa conter os ganhos no curto prazo.
O cacau encerrou em queda de 1,34%, a US$ 8.090 por tonelada, após ajustes técnicos. O mercado avalia a possibilidade de maior produção global, mas o clima na Costa do Marfim e relatos de queda na qualidade dos grãos limitaram as perdas.
O suco de laranja concentrado teve nova alta expressiva. Os contratos para setembro subiram 7,61%, a US$ 2,5250 por libra-peso, enquanto os contratos para julho avançaram 12,89%. Já o açúcar demerara para outubro caiu 0,92%, a 16,13 centavos de dólar por libra-peso, e o algodão recuou 1,06%, a 66,08 centavos por libra-peso.
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