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Balanço Semanal CNC - de 16 a 20/12

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Balanço Semanal CNC - de 16 a 20/12
OIC inicia estreitamento público-privado para a sustentabilidade
Organização implantará Força-Tarefa para, entre outras iniciativas, buscar transparência de mercado, promoção do consumo responsável e da produção competitiva e sustentável Nesta semana, através da realização de uma série de webinários, a Organização Internacional do Café (OIC) iniciou discussões para a implantação da Força-Tarefa Público-Privada do Café, de seus Grupos de Trabalho Técnico e respectivos roteiros de ação. A medida está em linha com as decisões tomadas na 125ª sessão do Conselho Internacional do Café, em setembro de 2019, a respeito da Declaração de Londres, que é resultado do I Fórum de CEOs e Líderes Globais. A força-tarefa será composta por 32 integrantes, sendo 16 representantes dos países membros da OIC e 16 do setor privado, incluindo empresas e entidades signatárias da Declaração de Londres, o presidente e o vice da Junta Consultiva do Setor Privado da Organização, a Plataforma Global do Café (GCP) e o Desafio do Café Sustentável (SCG). Segundo o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, a força-tarefa terá como responsabilidades: (i) manter o diálogo público-privado e monitorar o avanço dos compromissos decorrentes da Resolução 465/Declaração de Londres; (ii) conduzir a continuidade da operacionalização dos compromissos e da construção de consenso, considerando que o próximo marco importante é o II Fórum de CEOs e Líderes Globais, em setembro de 2020; (iii) desenvolver a agenda de diálogo público-privado, com base na Resolução 465 e na Declaração de Londres, elucidando expectativas e identificando oportunidades para ação compartilhada; (iv) orientar os Grupos de Trabalho; (v) examinar os resultados e recomendações dos Grupos de Trabalho; e (vi) recomendar um conjunto de ações, compromissos e necessidades de recursos, na forma de um documento para discussão no II Fórum dos CEOs e Líderes Globais e na 127ª sessão do Conselho Internacional do Café, em setembro de 2020, na Índia. O presidente do CNC revela que os grupos de trabalho que assessorarão a força-tarefa produzirão aportes técnicos em áreas temáticas, tais como: - Transparência de mercado: informações de mercado usadas para lidar proativamente com flutuações de preços; enfrentamento de desigualdades de renda nas principais áreas de produção; custos de produção nas principais regiões produtoras; e informações sobre aquisição de cafés sustentáveis de diversas origens. - Fortalecimento de políticas e ambiente institucional: funcionamento eficaz das instituições de mercado (incluindo bolsas de futuros); políticas desenvolvidas nos países exportadores e importadores para apoiar a produção sustentável; e diálogos para o estabelecimento de um ambiente propício aos negócios nos países exportadores. - Alocação e coordenação global de financiamentos: investimentos públicos, privados e mistos (impacto), coordenados através de mecanismo(s) global(is) multiparticipativo(s) de financiamento; e estudo de viabilidade de um fundo global de estabilização. - Coordenação do setor: operacionalização da Declaração de Londres, através da coordenação de ações individuais e compartilhadas; e desenvolvimento de quadro de avaliação dos diálogos setoriais. - Promoção do consumo responsável: estratégias para aumento da demanda por café adquirido sustentavelmente de diversas origens, em mercados tradicionais e emergentes, especialmente nos países produtores. - Promoção da produção competitiva e sustentável e de aquisições sustentáveis: melhoria da viabilidade econômica, bem como da sustentabilidade ambiental e social da produção de café; e uso sustentável e proteção dos recursos naturais pelo setor cafeeiro. “O andamento dos trabalhos será apreciado na 126ª sessão do Conselho Internacional do Café, da OIC, em abril, em Londres, na Inglaterra”, finaliza o presidente do CNC.Café recua, na semana, após sequência de ganhos
Os futuros da commodity passaram por correção técnica nos mercados internacionais e houve realização de lucros por parte dos agentes Após sete semanas acumulando ganhos, os futuros do café arábica encerraram o período atual em queda, com o mercado se movimentando com base em fatores técnicos e recuando com realizações de lucro. Agora, com a aproximação do final de ano, os operadores se afastam dos negócios e o volume diminui. Na Bolsa de Nova York, o vencimento mar/2020 do contrato "C" declinou 370 pontos até ontem, encerrando a sessão a US$ 1,2720 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento mar/2020 do café robusta fechou a quinta-feira a US$ 1.367 por tonelada, com perdas semanais de US$ 50. Os agentes mantêm seu foco no cinturão cafeeiro do Brasil, maior produtor mundial. Há incertezas sobre a safra a ser colhida em 2020 após a ocorrência de geadas no meio do ano e floradas desuniformes, fatores que impactarão o volume a ser produzido. Eles entendem que as chuvas recentes podem melhorar o cenário das lavouras, mas não totalmente, o que gera essa dúvida sobre o tamanho da próxima colheita. No tocante ao câmbio, o dólar teve uma semana com baixa volatilidade e recuou frente ao real, à medida que os mercados internacionais mantiveram clima ameno de negócios. A divisa norte-americana fechou a quinta-feira a R$ 4,0628, com recuo semanal de 1,1%. No acumulado de dezembro, a moeda cai 4,20%. Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o início da próxima semana poderá ter chuvas intensas no Sudeste, principalmente na metade Sul de Minas Gerais, norte de São Paulo, Vale do Paraíba e Rio de Janeiro, onde são esperados os maiores acumulados. As precipitações devem perder força a partir de quarta-feira, 26. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o mercado físico acompanhou o declínio internacional e reduziu a liquidez. O ritmo de negócios também é menor devido à proximidade das festas de fim de ano. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon ficaram em R$ 541,17/saca e R$ 307,61/saca, com perdas, respectivamente, de 1,6% e 2%.
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