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Tempo: Novos mapas do Inmet confirmam chuvas abaixo da média no Brasil central nos próximos meses

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Tempo: Novos mapas do Inmet confirmam chuvas abaixo da média no Brasil central nos próximos meses
Meteorologista da área de climatologia dá previsão para todo o Brasil para os próximos meses com foco no plantio a partir de setembro; El Niño está enfraquecido
Os mapas de precipitação probabilística para os próximos três meses foram atualizados pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e segue a previsão de chuvas abaixo do normal sobre a maior parte da região central do Brasil, incluindo redutos produtores onde as precipitações devem ficar até 50 milímetros mais baixos do que a média histórica.
A previsão de chuvas para os próximos meses tem preocupado os produtores rurais já que o início do plantio da safra de grãos ocorre a partir da segunda quinzena de setembro na maior parte do Brasil. "Persiste a tendência de chuvas abaixo da média sobre a região central do país", destaca Danielle Barros Ferreira, meteorologista do Inmet.
O mapa de previsão probabilística mostra que as precipitações nos próximos três meses tendem a ficar abaixo do normal não só na região central, mas também em pontos das regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Apenas a região é que terá uma condição mais uniforme e com chuvas dentro da normalidade a acima do normal.
Veja o mapa de previsão probabilística de precipitação do Inmet para setembro, outubro e novembro:
Fonte: Inmet
Fonte: Inmet
Fonte: National Centers for Environmental Prediction/NOAA
Enfraquecimento do El Niño
O El Niño está enfraquecido neste final do inverno no Brasil e há possibilidade de que ele desapareça completamente durante a primavera, segundo as principais agências meteorológicas. Portanto, o fenômeno não deve exercer grandes impactos sobre a produção nos próximos meses. O El Niño é caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Segundo meteorologistas da Climatempo, apesar do enfraquecimento do fenômeno climático, a tendência para os próximos meses ainda é de que o oceano permaneça com o viés aquecido, fazendo com que as características de um El Niño fraco sejam preservadas. "Se a tendência de um viés mais aquecido no Oceano Pacífico Equatorial se confirmar, é possível que haja alguns impactos na agricultura brasileira, como temperatura acima da média nas regiões produtoras, atraso nas chuvas ou pancadas irregulares que, apesar de poderem ocorrer em forma de temporais, devem ser mal distribuídas", destaca a empresa meteorológica.Outras Notícias