Voltar
Indicador da OIC supera 130 centavos de dólar pela primeira vez desde abril

Categorias:
Indicador da OIC supera 130 centavos de dólar pela primeira vez desde abril
por Agência SAFRAS:
Com a chegada de notícias de menor produtividade e de questões de qualidade ligadas à safra brasileira de 2017/18, o indicativo composto da Organização Internacional do Café (OIC) ultrapassou 130 centavos de dólar por libra-peso pela primeira vez desde abril. A média mensal do indicativo composto da OIC subiu 4% em julho, passando a 127,26 centavos de dólar dos EUA por libra-peso.
No início do mês, os preços diários caíram um pouco, registrando 122,71 centavos no dia 11 de julho, mas depois disso o aumento foi constante até o fim do mês. Tendo subido 6,66 centavos desde o dia 3, o indicativo acusava 131,52 centavos no dia 31, seu nível mais alto desde o final de abril de 2017.
Os preços indicativos dos grupos revelam que, em comparação com junho, em julho a alta dos Arábicas foi maior que a dos Robustas. Os preços dos três grupos dos Arábicas subiram bastante: Suaves Colombianos, 4,4%; Outros Suaves, 4,5%; e Naturais Brasileiros, 4,4%. No caso dos Robustas, a média mensal subiu 2,9%.
Devido às tendências das cotações dos Arábicas e Robustas, a arbitragem, medida nas bolsas de futuros de Nova Iorque e Londres, aumentou 13,1%, passando a 39,68 centavos de dólar dos EUA por libra-peso. Enquanto isso, a volatilidade intradiária do indicativo composto da OIC aumentou 0,5 ponto percentual, passando a 7,5%.
As novidades no mercado em julho parecem resultar de uma combinação de fatores agronômicos específicos e fatores econômicos mais amplos capazes de afetar a oferta de café do Brasil. Segundo notícias recentes, nas regiões de produção de Arábica, onde no momento se colhe a safra de 2017/18, os cafeicultores vêm encontrando níveis de produtividade inesperadamente baixos.
Os grãos estão menores que de costume devido a condições meteorológicas desfavoráveis em fases anteriores da temporada. Esse quadro é exacerbado por grandes danos provocados por uma infestação da broca. A proibição do uso do endossulfan, o inseticida altamente controverso, mas eficaz que os cafeicultores usavam no passado, levou a um alastramento significativo da praga.
Estima-se que ela afetou até 30% da safra nas principais áreas de produção, tendo um impacto negativo na qualidade do grão. Além desses fatores agronômicos, a perda de valor do dólar dos EUA reduziu a competitividade do café brasileiro no mercado mundial, prejudicando as exportações.
Outras Notícias