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Café avança com suporte do dólar e de fatores técnicos

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Café avança com suporte do dólar e de fatores técnicos
por P1 / Ascom CNC
Postado em 13/11/2020

BALANÇO SEMANAL — 09 a 13/11/2020
Café avança com suporte do dólar e de fatores técnicos
Desde a sinalização da eleição de Joe Biden, moeda americana se desvalorizou. Posteriormente, fatores técnicos deram suporte
Os contratos futuros do café tiveram uma semana positiva nos mercados internacionais. As cotações, em Nova York, acumularam seis sessões positivas consecutivas, movimento que foi iniciado com a perda de força do dólar em função da então perspectiva de vitória do democrata Joe Biden à presidência dos Estados Unidos. Após isso, o mercado recebeu suporte de fatores técnicos e seguiu em alta, mesmo com baixa volatilidade e a recuperação da moeda norte-americana. A alta verificada no café arábica também recebeu suporte do fortalecimento dos futuros do robusta em Londres. Os tufões que assolaram o Vietnã, maior produtor de conilon no mundo, devem atrasar a safra no país asiático, que se encontra em fase de comercialização, além de poder prejudicar a qualidade e o volume dos frutos colhidos. Na ICE Futures US, o vencimento março/21 do café arábica encerrou o pregão de ontem a US$ 1,1295 por libra-peso, acumulando ganhos de 350 pontos em relação à sexta-feira da semana passada. Na ICE Europe, o vencimento jan/21 do robusta apresentou evolução semanal de US$ 63, fechando a quinta-feira (12) a US$ 1.413 por tonelada. Após passar a se desvalorizar em relação a uma cesta de moedas em função da eleição do democrata Joe Biden para presidência dos EUA, o dólar comercial inverteu a tendência no Brasil a partir da última terça-feira. Segundo analistas, a divisa passou a se recuperar ante o real em função de o risco fiscal ser um limitador de eventuais novas valorizações. Ontem, a moeda fechou a R$ 5,478, acumulando alta semanal de 1,6%. Em relação ao clima, a Somar Meteorologia prevê, para o fim de semana, continuidade das pancadas de chuva sobre o centro e o sul do Brasil, de forma mais dispersa. "Apenas na região de Vitória da Conquista (BA) o acumulado será elevado no domingo. Além disso, o fim de semana será caracterizado pelo aumento do calor", informa. O serviço meteorológico destaca, ainda, que, na semana que vem, a partir de terça-feira, uma frente fria trará chuva mais intensa e diminuição do calor ao Paraná, São Paulo e às regiões Sul e Cerrado de Minas Gerais. Na soma de sete dias, estima-se acumulado próximo a 50mm no nordeste paranaense, em torno de 35mm na Alta Paulista, no norte do Espírito Santo e no sul da Bahia e entre 70mm e 90mm na Mogiana, em Minas e sul do Espírito Santo. No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que o alto percentual da safra 2020/21 já negociado (50% a 60% de arábica comercializados até outubro) afasta os vendedores do mercado, que voltam suas atenções ao clima, visto que as chuvas continuam abaixo do esperado e o desenvolvimento preocupante da colheita futura tem levado vendedores a postergarem os negócios. Em relação ao robusta, a entidade destaca que a liquidez no mercado tem sido superior, especialmente devido ao dólar valorizado dos últimos meses e à elevação dos preços externos em outubro. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábicas e conilon se situaram em R$ 551,64/saca e R$ 410,65/saca, apresentando valorizações, respectivamente, de 1,6% e 0,7%.
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